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O que é dinheiro FIAT?

  • Foto do escritor: Stêvão Limana
    Stêvão Limana
  • 14 de out. de 2023
  • 5 min de leitura

Atualizado: 30 de mar.

A gente já começa afirmando que dinheiro FIAT não é nada relacionado a veículos e muito menos à montadora italiana, dona do famoso “uno de firma”.


O termo fiat está relacionado ao dinheiro “real”, ou seja, a moeda que o governo do seu país considera como oficial para movimentações e trocas financeiras do dia a dia, como é o dólar nos Estados Unidos e o Euro para os países que fazem parte da União Europeia e o Real aqui para o Brasil.


Fiat também está relacionado à confiança que o mercado possui sobre as moedas, se existe certeza de que as transações poderão ser realizadas e se o valor se sobressai ao lastro existente do papel.


Elas também podem ser chamadas de moedas fiduciárias que remetem a fidúcia, termo que remete a moedas que não tem lastro em algo como por exemplo prata ou ouro, essa falta de lastro faz com que as moedas fiduciárias sejam percebidas pela maior ou menor confiança nos governos e instituições.


Para muitos economistas, o dinheiro FIAT pode ser caracterizado por outros tipos de “moeda”, como ativos, títulos do governo e até criptomoedas.

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O dinheiro FIAT precisa ter lastro?


Imagine você pegar um papel qualquer e dizer que ele possui determinado “valor” e que com ele é possível comprar o que se deseja apenas confiando na quantia que o papel representa. Esse é o raciocínio que temos desde que trocamos as práticas de compra e venda da antiguidade, o escambo.


Substituímos a troca de um bem por outro bem por uma cédula. Mas, para isso funcionar, foi necessário confiar que aquele papel representava, de forma simbólica, determinada quantia.


Quando as moedas foram surgindo, a doutrina econômica desenvolvimentista sempre optou por acreditar que as moedas só poderiam funcionar se estivessem baseadas no “lastro ouro”, ou seja, se houvesse R$ 1 mil em papéis eles só seriam válidos se houvesse R$ 1 mil em ouro, já que o metal precioso é o artigo menos volátil às instabilidades econômicas das nações.


No entanto, com o passar dos anos a situação foi ficando diferente, os governos de vários países acabaram com o lastro em suas moedas, principalmente após a primeira e segunda guerra mundial, com isso os Estados Unidos, que era o principal fornecedor de insumos para a Europa pós guerra, decidiu que manteria o lastro em dólar, isso fez com que os bancos centrais do mundo todo comprassem dólar, na esperança de que poderiam resgatar o ouro a qualquer momento.


Em 1971 o então presidente dos Estados Unidos Richard Nixon, acabou com o lastro em ouro do Dólar, os países que acreditaram nos EUA, agora estavam desconfiados com a vasta impressão de dólar pelos EUA, começaram a solicitar o resgate em ouro, levanto Nixon a acabar com o padrão ouro.


Algumas crises mais recentes levaram os governos a imprimirem moeda para sanar a crise causada, algumas das crises que mais injetaram moeda na economia foram:


  • Crise de 29 nos Estados Unidos;

  • A super safra de café no Brasil da era de Getúlio Vargas;

  • Crise imobiliária de 2008.


A solução, então, foi imprimir mais dinheiro. O pensamento, inicialmente, fez sentido já que desta forma haveria mais dinheiro circulando na mão das pessoas.


Porém, o problema veio quando foi constatado o aumento desenfreado da inflação e produtos básicos saltaram para cifras nunca imagináveis. Inflação é isso mesmo: um inflar do volume de dinheiro circulando no mercado.


A partir deste momento “perdeu-se a mão” no lastreamento da moeda e o nível de confiabilidade em determinada nação passou a ser o que determinava o “valor do dinheiro”.

John Keynes e o New Deal


Na década de 1930, o economista britânico John Keynes foi um dos precursores do pensamento anti-liberal da economia. Ele acreditava que o “estado” deveria ser o propulsor do desenvolvimento de cada nação, portanto, dono das doutrinas de “welfare state”, bem-estar social. Para isso, Keynes receitava a impressão de mais dinheiro. O discurso foi comprado pelo presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt para ajudar os Estados Unidos a saírem da crise de 1929 e se recuperarem dos impactos da Grande Guerra. Por razões óbvias o dólar ficou desvalorizado e o pensamento se espalhou por toda a América, no entanto, países que não possuíam um aparato econômico tão forte (dinheiro FIAT) como o dos Estados Unidos ruíram na hiperinflação e em crises econômicas como foi o saldo da Ditadura Militar brasileira nos governos seguintes pós-redemocratização.



O governo e a interferência econômica


Boa parte dos economistas clássicos liberais almejam um “estado livre” também conhecido como laissez-faire para garantir que o dinheiro FIAT seja mantido sempre nos mais altos números e que o próprio mercado se auto-regule.


No entanto, a história e até o noticiário atual nos mostra que cada movimento político afeta a estabilidade econômica de uma nação, pois os governos possuem alto controle do dinheiro FIAT de cada nação.


Declarações, projetos e decisões impactam diariamente a cotação de ações na Bolsa de Valores e, principalmente, o preço do dólar.


Além disso, com as constantes trocas de ideologias políticas dos governos, as instabilidades também continuam, pois o mercado demora algum tempo para se adaptar às novas realidades.


Os fatos citados acima são dores de cabeça para qualquer investidor que procura manter seu patrimônio e espera por retornos a longo prazo.


É neste momento que as criptomoedas se tornam uma alternativa e mostram seu potencial no mercado digital.


Criptomoedas e a descentralização do dinheiro FIAT


Até agora, neste artigo, conseguimos entender o conceito central do dinheiro FIAT, seu contexto histórico e as consequências político-econômicas das ações dos governantes em cima da rentabilidade da população, o que demonstra a necessidade da descentralização do dinheiro FIAT do estado.


Por isso, investir em criptomoedas pode ser a solução a curto e médio prazo para você manter seus investimentos “longe” das instabilidades políticas.

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O que são criptomoedas?


Também chamadas de moedas digitais, as criptos são um tipo de dinheiro, como outras moedas com as quais convivemos cotidianamente, com a diferença de ser totalmente digital e não ter interferência alguma do governo como emissor ou regulador, também conhecidas como moedas descentralizadas, pois não há centralização de poder, pois toda a rede verifica e valida transações de criptoativos fazendo com que a segurança nesses ativos seja gigantesca.


As transações são todas realizadas no ambiente virtual e são adquiridas a partir do dinheiro tradicional. Elas são cotadas diariamente e sofrem influência de outros fatores, sendo um ativo de renda muito importante para a carteira de investimentos de boa parte de pessoas ligadas ao mercado financeiro.


Elas geralmente também tem o fator deflacionário, como na maioria das criptos criadas não é possível que se criem mais moedas, ao crontrário do dinheiro FIAT, elas são naturalmente moedas deflacionárias que tendem a ganhar valor ao longo do tempo.


Quais as criptomoedas mais conhecidas?

É claro que o Bitcoin foi o precursor das moedas digitais, no entanto, nos últimos anos diversas outras estão se popularizando e segmentando o mercado, como:


  • Bitcoin;

  • XRP;

  • Ethereum;

  • Dogecoin;

  • Litecoin;

  • Cardano.


Na mesma sequência do mercado outras “sub-moedas”, também conhecidas como "altcoins" alternative coins, que tem cada vez mais revolucionado os mercados, cada moeda com seu propósito vão surgindo, mas focadas em determinada ação como é o caso das criptomoedas dos clubes de futebol, moedas focadas em dados, proteção cibernética e claro, as memecoins que tem seu espaço especulativo.


Aprenda a investir em criptomoedas e fique longe do dinheiro FIAT


Se você ama seu patrimônio e seu dinheiro, as criptomoedas são a principal alternativa para rendimentos mais previsíveis e fora da alçada de controle governamental, o futuro das transações financeiras depende da descentralização das finanças, com rigidos protocolos de segurança, mas sem o controle estatal, as criptomoedas seguem forte na segunda década deste século, um ativo tão novo para a sociedade, mas que promete revolucionar como o mundo todo lida com as finanças para sempre.


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